quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Ontem fui ao teatro ver Concerto de Ispinho e Fulô

Não quero ir ao teatro reter informações e nem à reboque, ganhar mensagens...
Informações sobre a miséria, sobre a fome, já temos de montão e já ficou bem provado que saber das coisas é só uma parte da novela... A parcela urubu da imprensa nos despeja litros de sangue na cabeça todos os dias. Esvoaçam-se diante de cadáveres, alimentando-se tal como esta politiqueira engorda com os  resíduos das tantas coisas que sofremos.
 Mas lá, em cena, a vida se dilata tanto, que as vezes, torna as paisagens deste encontro, quase que inexprimíveis. É  na platéia onde sentimos na alma as vibrações que nos conectam às lutas e festas mais arcaicas. A capacidade infinita de resistir, amar, lutar... É solidão e irmandade esta experiência de ser platéia, na medida em que não sabemos por quais recantos da nossa existência estão sendo conduzidas tantas imagens poéticas e quando é que elas  se refletirão na nossa existência.



Esta foi a quarta ou quinta vez que assisto o Tijolo fazendo este trabalho impecável., desta vez, sabendo que há dois dias a comunidade de Pinheirinhos, em São José dos Campos, foi brutalmente invadida pela polícia. O espetáculo também nos conta uma história verídica do sítio Caldeirão que foi espisinhado pelo poder militar... e nenhuma vírgula  na nossa história oficial.

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