MOSAICANDO

LEGENDA DAS FOTOS (de cima para baixo)

"Os que riem e os que choram" - Teatro Ventoforte - texto e direção de Ilo Krugli - 2010 - foto de Juliana Baraúna - no Teatro Ventoforte, São Paulo

"Lúdico Circo da Memória" - texto de Luís Alberto de Abreu e direção de Tiche Vianna - 2011 - foto de Simone Lins - no Teatro Polytheama, Jundiaí - SP

"A Comédia do Trabalho" - texto Cia do Latão e direção de Marcelo Braga - 2009 - no Teatro Ruth Escobar - São Paulo

"Aruê!" - texto de Beto Belinatti e direção de Eduardo Bartolomeu - 2010 - no Ponto de Cultura Quilombaque - São Paulo

Projeto "Contando com o Girandolá" - 2009 -  na Emei Olavo Bilac - Francisco Morato, SP

Curso "O ator e a Máscara" - com Tiche Vianna - no Barracão Teatro - Campinas - SP

Evento da Paullus em Praia Grande - 2010

"Macbeth" - texto de Willian Shakespeare e direção de André Latore - teatro Ruth Escobar - São Paulo - SP

Intervenção cênica do Teatro Girandolá nas ruas centrais de Francisco Morato - 2009

"Conto de todas as cores" - dramaturgia de Eduardo Bartolomeu, direção de Fabia Pierangeli - no Teatro Conchita de Moraes - Santo André, SP - 2008

"Chico Lenhador" - texto e direção de Ilo Krugli - no Teatro Ventoforte - São Paulo - 2009

Programa PIÁ, na Biblioteca Álvares de Azevedo - São Paulo - 2011

Projeto Bambaê - Secretaria de Educação e Cultura de Francisco Morato - 2004

ORGANIZAÇÃO

Vira e mexe sou aconselhado a ter um lugar próprio para guardar cada coisa.
Mas que culpa tenho eu, se o lugar onde guardo alfinete e documento é o mesmo onde fica o carro, o guarda-roupa, colares e lembranças?
Meus lugares de guardar brincam de sacudir forte. Trocam coisas entre si sem me avisar.
Às vezes, caem objetos e sombras de naturezas tão diferentes numa mesma caixa, que ouço guerras verdadeiramente terríveis. As quais ouço, mas sem tanto assombro, pois sei que novas sacudidelas estão a caminho.
Meus lugares de guardar não me respeitam, nem nunca me respeitaram.

DIA DE FESTA

Onde vai você meu menino com essas flores
Debaixo dessa chuva


Está chovendo está molhando
Hoje é o aniversário da rã
E a rã
É minha amiga


Ora menino
Bicho não faz aniversário
Ainda mais um batráquio
Decididamente se não o colocamos nos eixos
Esse menino ainda vira um bom malandro
Por causa dele ainda vamos comer
O pão que o diabo amassou
Vive tendo essas idéias
E ninguém ralha com ele
Esse menino só faz o que lhe dá na telha
E nós queremos que faça o que dá na nossa


Oh meu pai!
Oh minha mãe!
Oh meu tio-avô Sebastião!
Não é com minha cabeça
Que ouço o coração bater
Hoje é sim o aniversário
Por que não podem entender?
Oh! não me puxem pelo ombro
Não me peguem pelo braço
Quantas vezes a rã me fez rir
E toda a noite ela canta para mim
Mas aí eles fecham a porta
Vêm falar-me suavemente
Eu grito que é dia de festa
Mas ninguém ali me entende.


(Jacques Prévert - tradução Carlito Azevedo)

 Conto de todas as cores - Teatro Girandolá - foto de Mari Moura