veja bem, meu senhor -
grato pela janela que me destes
foi olhando através dela
que aprendi a gostar de flores
e de tantas coisas
também foi por ela que passou o ar
depois entrando nas minhas narinas
daí em diante, não mais relutei contra respirar
obrigado por esta janela, meu senhor!
deveras, sem ela,
bastaria aqui, acabrunhado, tombando sabe-se lá pra onde...
agora, eis-me acabrunhado, tombando
mas tatuado em cada poro
pelas ventanias, tempestades e gozos
de tantas estações
E tudo entrando, saindo por esta janela
já tão minha
que acabou refeita de sangue,
ossos, saudade e madeira
Graças, por esta janela!
Nenhum comentário:
Postar um comentário